Confusa sobre a menopausa? Você não está sozinha!

A menopausa pode ser uma fase confusa e desafiadora. Com tantas informações desencontradas, mitos e conselhos contraditórios, é comum sentir-se perdida ou sobrecarregada. Além disso, cada mulher vive essa transição de forma única, e não existe uma resposta ou solução que funcione para todas. Para piorar, muitos profissionais de saúde ainda têm pouco preparo para abordar esse tema, dificultando a busca por informações claras e tratamentos eficazes.

Se você já enfrentou sintomas como ansiedade, palpitações, ondas de calor, vertigens, insônia, enxaquecas ou ganho de peso – e não encontrou respostas satisfatórias –, saiba que você não está sozinha. Por muito tempo, a saúde feminina foi negligenciada, mas estamos começando a ver mudanças importantes. Ainda há muito trabalho a ser feito, mas estamos avançando na direção certa.

Agora, vamos entender melhor os três estágios principais da menopausa e o que cada um deles representa.

Os três estágios principais da menopausa

A menopausa é um processo natural e progressivo, dividido em três etapas: perimenopausa, menopausa e pós-menopausa. Cada uma dessas fases traz mudanças no corpo e exige diferentes formas de cuidado e atenção.

A perimenopausa é o período de transição que antecede a menopausa. Nessa fase, os níveis de estrogênio e progesterona começam a flutuar, indicando que os ovários estão reduzindo gradualmente sua função. Esse período pode começar até 10 anos antes da menopausa, normalmente entre os 39 e 44 anos, mas pode variar de mulher para mulher. Algumas têm sintomas leves, enquanto outras enfrentam desconfortos mais intensos, que podem afetar significativamente a qualidade de vida.

Entre os sinais mais comuns estão os ciclos menstruais irregulares, que podem se tornar mais curtos ou mais longos, além de alterações no fluxo, que pode ser mais intenso ou prolongado. Ondas de calor, suores noturnos, mudanças de humor e insônia também são frequentes, assim como sintomas como fadiga, dores nas articulações, dificuldade de concentração, ansiedade e até queda de libido. Não é raro, ainda, observar ganho de peso, principalmente na região abdominal, mesmo sem mudanças na alimentação ou no nível de atividade física.

A melhor forma de lidar com essa fase é entender o que está acontecendo no corpo e criar estratégias personalizadas de cuidado. Pequenos ajustes no estilo de vida podem fazer uma grande diferença. Alimentar-se de forma equilibrada, manter o corpo em movimento, cuidar da saúde emocional e priorizar a qualidade do sono são passos simples, mas muito eficazes. O acompanhamento de um profissional, como um coach de saúde feminina, pode ser valioso para identificar o que funciona melhor para você e ajudar a implementar essas mudanças de maneira prática e eficaz.

Já a menopausa em si é definida como o momento em que a mulher passa 12 meses consecutivos sem menstruar. Isso ocorre devido à queda acentuada nos níveis de estrogênio e progesterona, o que marca o fim da fase reprodutiva. A menopausa acontece, em média, por volta dos 51 anos, mas pode ocorrer entre os 45 e 55 anos, dependendo de fatores genéticos e de saúde.

Durante essa fase, os sintomas podem incluir ondas de calor frequentes, suores noturnos, secura vaginal, alterações de humor, insônia, dificuldades de memória ou concentração e mudanças na composição corporal, como o aumento da gordura abdominal. Cada mulher experimenta esses sintomas de forma única, e o impacto na qualidade de vida também varia muito. Se você sentir que esses desconfortos estão afetando sua rotina, é essencial buscar ajuda de um profissional qualificado, como um médico especializado ou um coach de saúde feminina, que pode orientá-la com um olhar individualizado.

A pós-menopausa começa oficialmente após 12 meses sem menstruação. Muitas mulheres acreditam que, nessa etapa, estarão completamente livres de sintomas, mas isso nem sempre acontece. É comum que ondas de calor e outros sinais persistam por algum tempo. Além disso, novos desafios podem surgir, como a redução da densidade óssea, aumentando o risco de osteoporose, e o maior risco de doenças cardiovasculares, já que a proteção natural proporcionada pelo estrogênio diminui.

Manter-se ativa, adotar uma alimentação rica em nutrientes e continuar realizando consultas médicas regulares são cuidados essenciais nessa fase. Um acompanhamento profissional adequado pode ajudar a prevenir complicações e promover mais bem-estar.

Para lembrar

Você não precisa enfrentar essa jornada sozinha. Existem milhões de mulheres vivendo essas mesmas mudanças e desafios. Compartilhar experiências, buscar informações confiáveis e priorizar o cuidado com você mesma são passos importantes para atravessar essa fase de forma mais leve e consciente.

Nos próximos textos, vou trazer dicas práticas sobre como lidar com os sintomas, incluir novos hábitos na rotina e até receitas que podem ajudar no bem-estar. Enquanto isso, se sentir vontade, conecte-se comigo pelas redes sociais para compartilhar dúvidas, contar sua experiência ou simplesmente dizer "oi".

Obrigada por estar aqui. Até a próxima.

Com amor,
Dri